“Jesus disse, então, aos discípulos: ‘Em verdade vos digo que dificilmente um rico entrará no Reino do Céu. Repito-vos: É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino do Céu’. Ao ouvir isto, os discípulos ficaram estupefatos e disseram: ‘Então, quem pode salvar-se?’. Fixando neles o olhar, Jesus disse-lhes: ‘Aos homens é impossível, mas a Deus tudo é possível’.” (Mateus 19,23-26)
Em nossa parte do mundo, muitos de nós têm mais do que suficiente, em termos de alimentação, vestuário, habitação e “conforto” material. Este tipo de riqueza pode levar a uma falsa sensação de autossuficiência, e certa complacência com relação a Deus, como se Ele fosse “desnecessário”. Nossa relativa riqueza também contribui para nossas aflições espirituais em geral, como vícios ou distúrbios relacionados a (abusos com) comida, álcool e diversas formas de “entretenimento”. Muitos de nós lutam não com a falta de alimentos, mas com a obesidade; não com uma falta de coisas, mas com o “entesouramento”. Estes são os problemas dos “ricos”. Pois é difícil a “um rico entrar no Reino dos Céus”.
“Mas a Deus tudo é possível”. E muitas pessoas redescobrem-l’O hoje, por Sua graça, através destas muitas aflições espirituais, – nossos diversos vícios. Quando nos confrontamos com nossa própria impotência ante um vício incapacitante ou até fatal, começamos a ter “necessidade” de um poder superior a nós mesmos; começamos a procurar a ajuda de Deus, para nos tirar de nossa rotina. Glorificado seja Deus, que nos encontra mesmo nos lugares mais sombrios de nossa riqueza, trazendo-nos de volta ao caminho da “salvação” ou “recuperação”.
Versão brasileira: João Antunes
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