“A linguagem da cruz é certamente loucura para os que se perdem mas, para os que se salvam, para nós, é força de Deus. Pois está escrito: ‘Destruirei a sabedoria dos sábios e rejeitarei a inteligência dos inteligentes’. Onde está o sábio? Onde está o letrado? Onde está o investigador deste mundo? Acaso não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Pois, já que o mundo, por meio da sua sabedoria, não reconheceu a Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os que creem, pela loucura da pregação.” (1ª Coríntios 1,18-21)
Por acaso não conheço a “sabedoria deste mundo”? Sim, conheço. Ela me diz coisas como, por exemplo, é importante estar “certo”, debatendo com os “investigadores deste mundo”; que eu tenho “força de vontade” e posso sempre “estar certo” e coroado de êxito, com apenas tocar “o poder dentro de mim”.
Mas não é “dentro de mim”, ao que parece. A “linguagem da cruz”, sobre o enfrentar a vida nos termos da Vida, vem de fora de mim. Esta linguagem vivificante provém d’Aquele que carregou a cruz em primeiro lugar, meu Senhor Jesus Cristo, Que me mostra a solução menos esperada para os meus problemas e provações: enfrentá-los ao invés de fugir deles. E eu estou fazendo isto não pela minha própria “vontade”. Ele me convida a “segui-l’O”, prometendo-me que Ele “apelará ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco, o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; vós é que o conheceis, porque permanece junto de vós, e está em vós” (João 14,16s).
Então que eu alcance hoje a ajuda que encontro fora de mim, “na força de Deus”. Porque eu tentei usar minha própria “sabedoria”, e não funcionou. Glória a Ele, Que nos liberta do sábio, do letrado e do investigador deste mundo, trazendo o verdadeiro poder, o poder de Deus, “para os que se salvam, para nós”.
Versão brasileira: João Antunes
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