“Sacerdote: Elevemos nossos corações ao alto! (Ἄνω σχῶμεν τὰς καρδίας. Горé имеим сердца.)
Povo/Coral: Nós os temos (elevados) para o Senhor. (Ἔχομεν πρὸς τὸν Κύριον. Имамы ко Господу.)”
(Oração Eucarística, Divina Liturgia)
A Oração Eucarística não é apenas um texto, (principalmente) lido pelo nosso sacerdote. É também uma ação e um evento, “feita” por toda a Igreja, todos nós, conforme nos reunimos pelo convite feito pelo Anfitrião deste evento, nosso Senhor Jesus Cristo. E o “lugar” onde podemos encontrar o nosso Anfitrião, se nos apresentarmos a este evento, é “no alto”, na presença de Deus. Este é um “alto” que se torna acessível a nós, em nosso (baixo) aqui e agora, conforme nos “elevamos” em comunhão com o Deus-Homem Jesus Cristo. É Ele Quem elevou nossa humanidade ao Trono de Deus, tendo assentado à direita de Seu Pai, — e ainda assim permanece em nosso meio, — pela graça de Seu generoso Espírito Santo, Que descende ao nosso mundo.
Assim, para nós, toda a Eucaristia é uma ascensão, à Unicidade de Deus, e longe da fragmentação do ser meramente humano, com suas atenções, vontades, opiniões, medos e outras coisas sem Deus muitas vezes contraditórias que nos arrastam para baixo e tolhem o nosso crescimento. Para Deus, é uma descida, para nos encontrar no nosso aqui e agora, no sacramental “do alto” trazido “para baixo” em nosso mundo por Seu Filho, e repetidamente tornado acessível a nós pela generosa oferta de Seu Espírito Santo. Então que eu me apresente para a Liturgia, deixando meu coração ser “elevado” e liberto, conforme sou convidado a fazer, a partir do domínio limitante e solitário do meramente humano.
Versão brasileira: João Antunes
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