“Ninguém acende uma candeia para a cobrir com um vaso ou para a esconder debaixo da cama; mas coloca-a no candelabro, para que vejam a luz aqueles que entram. Porque não há coisa oculta que não venha a manifestar-se, nem escondida que não se saiba e venha à luz. Vede, pois, como ouvis, porque àquele que tiver, ser-lhe-á dado; mas àquele que não tiver, ser-lhe-á tirado mesmo o que julga possuir.” (Lucas 8,16ss)
Não se preocupe com as aparências, meu Senhor me diz nesta passagem. Porque se eu realmente “ouvir” Sua palavra, ou seja, se deixá-la iluminar minha vida, então também ela será uma luz para “aqueles que entram” na minha “casa”. E isso é verdade, não importando se isso é “reconhecido” ou celebrado em meu mundo, digamos, por honras concedidas a mim em minha comunidade eclesial, ou nas mídias sociais. Porque aqui o nosso Senhor está falando sobre o que deve “manifestar-se” e “vir à luz” não (apenas, ou principalmente) para as nossas próprias percepções humanas limitadas, de acordo com a moda ou ao sabor do nosso dia, mas à Sua percepção duradoura, acima e além de tudo que podemos ver.
Então, hoje, que eu seja um “ter”, em vez de um “não ter”, a palavra iluminadora de Deus. Porque eu tenho essa escolha. Que eu abrace a luz que é duradoura, a luz da palavra de Deus em meu coração, para que eu possa ser uma luz duradoura para aqueles ao meu redor, pela graça de Deus, não obstante pequena ou não notada, na minha sociedade mais ampla, esta luz possa ser. Que eu contemple e internalize um pouco de Sua palavra hoje, como a passagem oferecida a nós acima, na leitura de nossa Igreja para hoje. E que eu volte a conectar-me novamente com Ele por meio de alguma oração sincera, para que eu possa trazer Sua luz, e não a minha, a qual eu poderia pensar que tenho, para aqueles em minha vizinhança próxima, das pequenas maneiras que eu posso.
Versão brasileira: João Antunes
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