“Sede sempre alegres. Orai sem cessar. Em tudo dai graças. Esta é, de fato, a vontade de Deus a vosso respeito em Jesus Cristo.” (1 Tessalonicenses 5,16ss)
Estou refletindo um pouco sobre a gratidão hoje. É possível dar graças “em tudo (ἐν παντὶ)”, em todas as circunstâncias, sendo sempre alegre e orando sem cessar, como o apóstolo me diz para fazer no versículo citado? As três ações parecem intimamente conectadas, quando eu faço um esforço consciente para adotá-las. Este “esforço” não é nem forçado e nem opressivo, quando permito a disciplina amorosa de Deus de alegria, oração e gratidão em meu dia.
Acho útil listar aquilo pelo que sou grato no decorrer do dia, quando escrevo no meu pequeno caderno de capa dura, à noite. Incluo esta parte de “gratidão”, juntamente com as coisas que fiz bem e que fiz mal. E acho que a gratidão muda todo o quadro. Gratidão é uma maravilhosa capacidade humana dada por Deus que suavemente remove a profunda decepção ou insatisfação que às vezes se acumula durante o dia (com situações, comigo, ou com os outros); ela lança uma luz cálida e humilde no meu dia, onde quer que ela se encontre. A gratidão ajuda-me a ser consciente, diariamente, da presença contínua de Deus na minha vida, libertando-me dos medos autossuficientes, das expectativas egocêntricas para com os demais e da autocrítica arrogante. Finalmente, a gratidão abre meu coração para a alegria e a oração, que vem de mãos dadas quando eu tenho esta consciência da presença de Deus.
Hoje que eu coloque a gratidão no centro da minha vida diária. Pois, recorda-me o apóstolo, “esta é, de fato, a vontade de Deus em Jesus Cristo” para mim.
Versão brasileira: João Antunes
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