FRUTOS vs. ANCESTRAIS

João dizia, então, às multidões que acorriam para serem batizadas por ele: ‘Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da cólera que está para chegar? Produzi frutos de sincero arrependimento e não comeceis a dizer para convosco: Nós temos Abraão como pai; pois eu vos digo que Deus pode, destas pedras, suscitar filhos a Abraão. O machado já se encontra à raiz das árvores; por isso, toda a árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo’. E as multidões perguntavam-lhe: ‘Que devemos, então, fazer?’. Respondia-lhes: ‘Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma, e quem tem mantimentos faça o mesmo’.” (Lucas 3,7-11)

Assim, à medida que João Batista nos prepara para a vinda de Cristo, uma das primeiras coisas que ele nos diz (depois de lidar com uma “raça de víboras!”) é: “não comeceis a dizer para convosco: Nós temos Abraão como pai”. Nem sequer “comecem” a fazer isso. Qualquer que seja sua longa tradição de fé, por mais Ortodoxo que seu antepassado tenha sido ontem, você deve “produzir frutos de sincero arrependimento”, aqui e agora. Isto significa partilhar o que eu tenho, sejam roupas sobrando ou comida ou qualquer outra coisa, “com quem não tem nenhuma”.

Hoje vou contemplar esta mensagem um pouco mais em meu coração. É realmente possível ser, como eu, de ascendência Ortodoxa, oficialmente “pertencer” a uma tradição Ortodoxa, uma nacionalidade Ortodoxa, e ainda ser de uma “raça de víboras”. Que eu ouça esta palavra hoje, ofertada a mim pelo Precursor de Cristo, e me concentre no que ele me diz para fazer: “Dar frutos de sincero arrependimento”. Partilhe o que você tem, diz ele, “com que não tem nada”. Que eu continue minha jornada deste Jejum da Natividade no Espírito de doação e partilha, dando frutos de sincero arrependimento.

Versão brasileira: João Antunes

© 2016, Ir. Vassa Larin
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