“Princípio do Evangelho [boa nova] de Jesus Cristo, Filho de Deus. Conforme está escrito no profeta Isaías: ‘Eis que envio à tua frente o meu mensageiro, a fim de preparar o teu caminho. Uma voz clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’. João Batista apareceu no deserto, a pregar um batismo de arrependimento para a remissão dos pecados. Saíam ao seu encontro todos os da província da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados.” (Marcos 1,1-5)
Então, desde o início da “boa nova” estava de alguma forma ligada às pessoas voluntariamente “saindo” e “confessando os seus pecados”. Por quê?
Porque nós “endireitamos Suas veredas” em nossos corações pela limpeza da nossa morada; por falar com sinceridade sobre o “pecado” em nossas vidas (ou seja, nosso “amartia”, que em grego significa “errar o alvo”), de modo que possamos seguir adiante e nos dirigir para “o alvo”, que é a comunhão com Jesus Cristo e o restante de Seu mundo. Ele me aceita como sou, juntamente com toda a minha bagagem de “pecados”, mas Ele também tira seu “aguilhão”, para que eles não me desanimem, em autoisolamento. Ele tira-os de mim, quando eu os compartilho em “confissão”, em Seu Corpo que é a Igreja.
“Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado…” (1ª Coríntios 15,55s), posso dizer hoje com o Apóstolo, sem medo ou precisar fugir. Porque posso tomar a ferramenta que me foi dada na minha Tradição, desde o início da “boa nova”, a confissão. Vou jogar fora o que tenho acumulado em minha “morada” e colocar isso no lugar onde pertence, em Suas mãos, para que eu possa avançar neste Ano Novo, livre do “aguilhão” do passado.
Versão brasileira: João Antunes
© 2017, Ir. Vassa Larin
www.coffeewithsistervassa.com