“vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava (προσδεχόμενος) a consolação (παράκλησιν) de Israel. O Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor. Impelido pelo Espírito, veio ao templo, quando os pais trouxeram o menino Jesus…” (Lucas 2,25-27a)
Então, Simeão estava nesta “espera”. Não apenas esperando, mas esperando e ansiando em esperança, em fé, pel’A Expectativa (προσδοκία), como muitas vezes o Messias era referido na tradição. Porque a fé, como a Epístola aos Hebreus recorda-me, “é garantia das coisas que se esperam e certeza daquelas que não se veem” (Hebreus 11,1). E muitos santos antes de Simeão “morreram, sem terem obtido os bens prometidos, mas tendo-os somente visto e saudado de longe” (Hebreus 11,13).
Hoje estou refletindo sobre a “justiça e piedade” desta espera, deste desejo, que abençoa esta “nuvem de testemunhas”, juntamente com São Simeão, mesmo antes do cumprimento em Cristo. Esta “espera pela consolação” é aparentemente essencial para conhecer Cristo e já uma bênção em si mesma e de si mesma. “Felizes os que têm fome e sede de justiça”, diz o Senhor, “porque serão saciados” (Mateus 5,6).
Então hoje vou direcionar meus desejos e esperanças em direção à Luz, direcionando minha visão em direção à Cristo, cheio do Espírito de Sua palavra. Ele veio, de fato, para me encontrar. Então que Ele faça este encontro acontecer, em tudo o que Ele enviar na minha vida hoje.
Versão brasileira: João Antunes
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