CRISTIANISMO E PATRIOTISMO

Ora, costumava ele soltar-lhes em cada festa qualquer dos presos que pedissem. Havia na prisão um, chamado Barrabás, que fora preso com seus cúmplices, o qual na sedição perpetrara um homicídio. O povo que tinha subido começou a pedir-lhe aquilo que sempre lhes costumava conceder. Pilatos respondeu-lhes: ‘Quereis que vos solte o rei dos judeus?’. (Porque sabia que os sumos sacerdotes o haviam entregue por inveja.) Mas os pontífices instigaram o povo para que pedissem de preferência que lhes soltasse Barrabás. Pilatos falou-lhes outra vez: ‘E que quereis que eu faça daquele a quem chamais o rei dos judeus?’. Eles tornaram a gritar: ‘Crucifica-o!’. Pilatos replicou: ‘Mas que mal fez ele?’. Eles clamavam mais ainda: ‘Crucifica-o!’. Querendo Pilatos satisfazer o povo, soltou-lhes Barrabás e entregou Jesus, depois de açoitado, para que fosse crucificado.” (Marcos 15,6-15)

Individualmente, talvez, a maioria das pessoas nesta multidão teria escolhido Jesus ao invés de Barrabás. Mas, como uma multidão, eles são “instigados” pelos seus sumos sacerdotes, com base em um patriotismo judaico comum perante as odiadas autoridades romanas, a escolher Barrabás. Bar-abbas, cujo nome significa “filho do pai”, é escolhido em vez do Filho unigênito do Pai, Jesus. Porque Barrabás era um verdadeiro rebelde contra os romanos, preso durante a “sedição”, como uma espécie de Robin Hood ou da causa de um aborrecimento para os romanos. E, como tal, eles apelaram para a mentalidade judaica patriótica, enquanto que Jesus não estava interessado em qualquer “sedição”, como Sua presente vulnerabilidade ante as autoridades romanas demonstrava.

Jesus Cristo andou e agiu entre nós, falando para cada uma de nossas humanas, universais, — não especificamente judaicas, gregas, romanas, ucranianas, russas, sérvias, americanas, etc. – sedes pelo Reino de Deus; Ele falou à nossa sede comum pela paz e o bem-estar alcançados na maior autoridade e graça de Deus. Mesmo que certos sumos sacerdotes “instiguem” nossa mentalidade de povo conhecida como “patriotismo” em seus respectivos rebanhos, ao longo da história, que eu não seja tentado a escolher qualquer “Barrabás” como meu foco hoje. Ele pode ser o “filho” de minha “pátria”, mas ainda assim é distinto de meu Senhor Jesus Cristo, a Quem nós glorificamos por todo o sempre. Amém!

Versão brasileira: João Antunes

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