“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? Realmente, está escrito: ‘Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro’. Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou.” (Romanos 8,35ss)
O amor, neste mundo, de alguma forma, sempre envolve sofrimento. Por quê? Porque o amor é um dom e poder dados por Deus, uma força ou vontade divinas, que se esforça para a unidade (com aquilo que se ama). Por isso, enfrenta e é invariavelmente oposta por “outras” vontades e impulsos neste mundo, que lutam pela divisão e separação. Estas “outras” vontades procuram destruir e/ou distorcer a nossa capacidade de amar dada por Deus; transformá-la em puro e potencialmente eterno “sofrimento” (isto é, em “paixão”, como o ciúme, a inveja, a luxúria, o desânimo ou o medo meramente humano).
Mas no amor de Cristo, em comunhão com Ele, este “sofrimento” que nos sujeitamos no amor não é eterno, porque foi assumido e vencido por Ele. Cristo entregou-Se a todas aquelas forças mortais que se opõem ao amor neste mundo e as venceu em Sua ressurreição. Por isso o Seu sofrimento não foi eterno, enquanto o Seu amor, e o nosso n’Ele, “jamais acabará” (1 Coríntios 13,8). Portanto, hoje não temo “todas essas coisas”, que de vez em quando se levantam contra a capacidade que Deus me deu de amar, mas as entrego a Ele, nosso Senhor. “Em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou”. Graças a Ti, Senhor, por isso.
Versão brasileira: João Antunes
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