“Se dizemos que não temos pecado (ὅτι ἁμαρτίαν οὐκ ἔχομεν), enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniquidade.” (1 João 1,8s)
O “pecado” é assim tão difícil de admitir, perante um Deus “fiel e justo”? Não, realmente não. Porque Ele pode e “irá”, de fato, me “perdoar” e me “purificar”. É muito mais difícil, eu diria, sobrecarregar-me com a autojustificação, perante mim e perante os demais e suas opiniões meramente humanas, que não são nem “fiéis” e nem “justas”.
Dizer que não tenho “pecado” (ἁμαρτία em grego, que significa “errar o alvo”) significa estar em penosa negação, a respeito da “verdade” de mim mesmo e dos outros. Porque, uma e outra vez, erro “o alvo”, que é o chamado específico de Deus para mim, ou minha “vocação”, para fazer o que devo fazer, no aqui e agora. Se eu não tiver uma visão honesta e humilde de como “não” acerto esse “alvo”, às vezes, do Seu caminho para mim, terei também uma visão distorcida, não compassiva, da “verdade” a respeito das outras pessoas ao meu redor.
Hoje que não tenha medo da honestidade, perante meu Deus misericordioso e justo, e tome alguns minutos para me auto-examinar. Que eu me alivie de qualquer máscara que eu me sinta obrigado a usar, ante a opinião humana, e reconecte-me, como eu sou, com Deus em oração honesta e sincera. Senhor, que eu tenha a alegria e a paz de reconhecer o meu “pecado” como Tu o conheces, em Teu amor, justiça e misericórdia eternos. Amén!
Versão brasileira: João Antunes
© 2020, Sr. Vassa Larin
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