“Lázaro caiu doente em Betânia, onde estavam Maria e sua irmã Marta. Maria era quem ungira o Senhor com o óleo perfumado e lhe enxugara os pés com os seus cabelos. E Lázaro, que estava enfermo, era seu irmão. Suas irmãs mandaram, pois, dizer a Jesus: ‘Senhor, aquele que tu amas está enfermo’. A essas palavras, disse-lhes Jesus: ‘Esta enfermidade não causará a morte, mas tem por finalidade a glória de Deus. Por ela será glorificado o Filho de Deus’. Ora, Jesus amava Marta, Maria, sua irmã, e Lázaro. Mas, embora tivesse ouvido que ele estava enfermo, demorou-se ainda dois dias no mesmo lugar. Depois, disse a seus discípulos: ‘Voltemos para a Judeia’. ‘Mestre’ – responderam eles –, ‘há pouco os judeus te queriam apedrejar, e voltas para lá?’.” (João 11,1-8)
Nesta última, sexta semana da Quaresma, (os “quarenta” dias não incluem a Semana Santa), os textos do Triodion Quaresmal seguem a história da enfermidade, morte e ressurreição de Lázaro, que celebraremos no próximo sábado, que precede o Domingo de Ramos. É a história de como o Senhor se comporta de forma incompreensível, permanecendo “no mesmo lugar”, enquanto que em Betânia Seu amigo Lázaro adoece e morre, para grande tristeza de sua família e comunidade. O que o Senhor estava fazendo? Eles não entenderam, naquele ponto da história citada acima. O próprio Senhor sabia que Ele estava fazendo algo novo; que Ele estava prestes a trazer não só a Lázaro, mas a todos nós, uma nova vida. E Ele ia fazer isso pelo caminho da Cruz, pisando a morte “pela morte”. Mas Seus discípulos não entenderam nada disso, naquele momento.
Conforme a pandemia de Coronavirus assola muitas das nossas cidades e comunidades, parece que o Senhor se detém. O que Ele está fazendo? Eu não sei. Mas Ele nos diz esta semana, como Ele disse há cerca de dois milênios: “Esta enfermidade não causará a morte”. Que eu siga para onde Cristo nos conduz nestes últimos dias da Quaresma, para que eu, a quem Ele ama, seja elevado a uma nova vida, n’Ele. “Lembrai-Vos de mim, Senhor, quando entrardes no Vosso reino”.
Versão brasileira: João Antunes
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