PESCADORES DE HOMENS - Café com a Irmã Vassa

“Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão (chamado Pedro) e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. E disse-lhes: ‘Vinde após mim e vos farei pescadores de homens’. Na mesma hora, abandonaram suas redes e o seguiram. Passando adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam com seu pai Zebedeu consertando as redes. Chamou-os, e eles abandonaram a barca e seu pai e o seguiram.” (Mateus 4,18-22)

O Jejum dos Apóstolos é um bom momento para contemplar o que queremos dizer, quando professamos nossa fé numa Igreja que é, entre outras coisas, “apostólica”. No sentido mais lato, a palavra “apostólica” significa, “ter uma missão”. Mais especificamente, significa, “pertencente a, ligado/a a, característico de, os apóstolos”. E numa das leituras de nossa Igreja para este fim-de-semana, parte da qual é citada acima, a característica dos apóstolos, que me chama hoje a atenção, é a de eles serem “pescadores” — especificamente, os tipos de “pescadores” que usavam redes, e não varas com anzol. Isto diz-me que nós, como Igreja ou “ekklesia” (ou “aqueles que são chamados”, do verbo grego “ekkaleo”, chamar), somos chamados ao tipo de “missão” que envolve sermos atraídos e lançarmos uma “rede” (a Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo), que reúne todos os tipos de peixes, em vez de fisgar peixes individuais (pela boca).

Porém não cabe a “nós”, neste tempo, separar o peixe “bom” do “mau”, nesta “rede”, a Igreja, que não é “nossa”, mas do Senhor. Como Ele indica na parábola seguinte: “O Reino dos Céus é semelhante ainda a uma rede que, jogada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. Quando está repleta, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e separam nos cestos o que é bom e jogam fora o que não presta. Assim será no fim do mundo: os anjos virão separar os maus do meio dos justos” (Mateus 13,47ss). Graças Te dou, Senhor, por me acolheres em Tua “rede”, juntamente com o Teu “bom” peixe, e por nos dares a todos um propósito, uma “missão”, que serár julgada unicamente por Ti, no final dos tempos.

Versão brasileira: João Antunes