“Ora num dia de sábado, indo Jesus através das searas, os discípulos puseram-se a colher espigas pelo caminho. Os fariseus diziam-lhe: ‘Repara! Porque fazem eles ao sábado o que não é permitido?’. Ele disse: ‘Nunca lestes o que fez David, quando teve necessidade e sentiu fome, ele e os que estavam com ele? …’. E disse-lhes: ‘O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. O Filho do Homem até do sábado é Senhor’.” (Marcos 2,23-27)
A palavra sábado vem do hebraico “shabath”, que significa “parar, abster-se, descansar”. Na passagem acima aprendi duas coisas sobre o sábado: 1. No Espírito de Cristo, Que é “o Senhor do sábado” (Mateus 12,8), tem-se uma nova liberdade para interpretar e aplicar a lei do sábado; 2. Um tempo especial para “parar, abster-se, descansar” é um dom dado por Deus, feito para a humanidade, para todos nós.
Pondo de lado toda a questão do sábado versus domingo como dia de descanso (em qualquer caso, no Ocidente tanto o sábado como o domingo são “dias livres”), sou recordado hoje da simples verdade de que preciso de um tempo especial para “parar, abster-me, descansar”. Preciso de um tempo para me reconectar, de uma forma especial, a Deus, à família e à comunidade, “abstendo-me” de outras preocupações. Hoje em dia é mais difícil encontrar este tempo, quando a Internet tem muitos de nós “conectados” ou mesmo formalmente trabalhando 24×7. Preciso de fazer um esforço consciente, uma escolha livre, para aceitar o dom dado por Deus de que “o sábado foi feito para o homem”, de alguma forma que eu possa.
Hoje que eu aceite esta dádiva com gratidão e ouça a voz de Deus dizendo-me: “Parai! Reconhecei que Eu sou Deus” (Salmo 45/46,11).
Versão brasileira: João Antunes
© 2016, Ir. Vassa Larin
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