“adiantando-se um pouco mais, [Jesus] caiu com a face por terra, orando e dizendo: ‘Meu Pai, se é possível, afaste-se de mim este cálice. No entanto, não seja como Eu quero, mas como Tu queres’. Voltando para junto dos discípulos, encontrou-os a dormir e disse a Pedro: ‘Nem sequer pudeste vigiar uma hora comigo! Vigiai e orai, para não cairdes em tentação (εἰς πειρασμόν). O espírito está pronto, mas a carne é débil’. Afastou-se, pela segunda vez, e foi orar, dizendo: ‘Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que Eu o beba, faça-se a tua vontade (γενηθήτω τὸ θέλημά σου)!’.” (Mateus 26,38-42)
Assim, aqui o Senhor apresenta-nos uma lição extra sobre a frase mais difícil da Sua oração, a Oração do Senhor: “e não nos deixes cair em tentação”. Rezamos, como Ele rezou, para que não sejamos tentados ou testados, “se for possível”. Rezamos, como Ele o fez, para que “este cálice passe” de nós. No entanto, na minha jornada carregando a cruz, por vezes “este cálice não pode passar sem que eu o beba”, de acordo com a vontade do meu Pai para mim. Ele leva-me por vezes a seguir por áreas de perigo, n’Ele e com Ele, para que eu possa crescer em dependência do, e tornar-me testemunha do, Seu “livramento”. Porque Ele pode, e realmente nos “livra do mal”.
Hoje vou enfrentar quaisquer “escândalos” que possam surgir no meu caminho, porque eles “são inevitáveis” (Mateus 18,7), em nossa liberdade dada por Deus. Mas que eu não tente fazer isto sozinho, e sim “vigie e ore” com Ele e n’Ele, que tem o poder de me “livrar” através de tudo isto para mais crescimento e mais luz. “Seja feita a Tua vontade”, digo hoje com Ele, “assim na terra como no Céu”.
Versão brasileira: João Antunes
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