“Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes. Pelos seus frutos, os conhecereis.” (Mateus,15s)
Parece que temos a ideia oposta em minha Igreja atualmente: Se um clérigo ou monástico se veste com as roupas “certas” exteriormente, tem uma barba longa o suficiente, etc., confiamos nele. Também colabora o fato de eles se referirem aos “Padres” ou citarem este ou aquele “Ancião”. Porque tudo isso parece e soa “ortodoxo”, mesmo que o que eles estão dizendo não faça sentido. Por exemplo, quando eles manipulam as Escrituras para defender o indefensável, como a agressão irracional contra seres humanos em nossas “guerras culturais” e em nossas guerras reais, como a guerra da Rússia contra o povo ucraniano. O sofrimento deles e todo o derramamento de sangue são os “frutos” que deveriam ser uma enorme bandeira vermelha para nós, a fim de “acautelar-nos”. Tomemos cuidado com os lobos, meus amigos, e também com os “mercenários” que, ao contrário do Bom Pastor, não se importam com as ovelhas, não dão a vida por elas, mas fogem quando nós, as ovelhas, corremos o risco de ser “espantadas”. “E o lobo arrebata-as e espanta-as”, como nosso Senhor descreve essa situação (João 10,11ss). Mas tenhamos ânimo, sempre que formos confrontados por lobos ou mercenários, porque nosso Bom Pastor nunca nos abandona, dá Sua vida por nós, nos conhece e se dá a conhecer a nós, sempre que quisermos adotar (novamente) a fé n’Ele.
“Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai; e ofereço a minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Também estas Eu preciso de as trazer e hão-de ouvir a minha voz; e haverá um só rebanho e um só pastor” (João 10,14-16).
Versão brasileira: João Antunes
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