LANÇAR NOSSAS PÉROLAS ante um AMOR NÃO CORRESPONDIDO

Nesta manhã de sábado, estou refletindo sobre os tipos equivocados de vínculo e preocupação com pessoas que, no momento, não fomos chamados a servir ou salvar, por qualquer motivo. “Não deis as coisas santas (τὸ ἅγιον) aos cães nem lanceis as vossas pérolas aos porcos, para não acontecer que as pisem aos pés e, acometendo-vos, vos despedacem” (Mateus 7,6). Devemos ver certas pessoas como cães ou porcos, com base nessa passagem? Não. Devemos ver as deficiências e os vícios delas, e os nossos próprios, como codependência doentia, bajulação, ressentimentos, expectativas egocêntricas, medos, cobranças, impaciência, etc., como tais. Nossas próprias fraquezas podem estar nos tornando ineficazes na tentativa de nos conectarmos com uma pessoa ou pessoas com quem desejamos algum tipo de conexão; por exemplo, em casos de “amor não correspondido” (por exemplo, com um ex, nosso cônjuge ou talvez com nossos próprios filhos). É por isso que o Senhor precede as palavras citadas acima com: “tira primeiro a trave da tua vista e, então, verás melhor para tirar o argueiro da vista do teu irmão” (Mateus 7,5).

Hoje, voltemos a nos concentrar nas traves de nossos próprios olhos, caso nos achemos na rotina de algum tipo de “amor não correspondido”. Demos um passo atrás e cuidemos de nós mesmos, das “coisas santas” e das “pérolas” em nós, para que possamos “ver melhor”. Nutramos nossa fé, tornando-nos sinceros diante de Deus e de nós mesmos, neste sexto dia do Jejum Pós-Pentecostes, para que sejamos libertos da escravidão de preocupações infundadas. Talvez nos sintamos impotentes para fazer isso, mas tenhamos coragem e peçamos ajuda a Deus, como Nosso Senhor nos incentiva a fazer nos próximos versículos: “Pedi, e ser-vos-á dado; procurai, e encontrareis; batei, e hão-de abrir-vos. Pois, quem pede, recebe; e quem procura, encontra; e ao que bate, hão-de abrir” (Mateus 7,7s).

Versão brasileira: João Antunes

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