Na leitura do Evangelho deste domingo, que fala sobre Jesus curando o servo de um “centurião” (um comandante romano de cem soldados) em Cafarnaum, ouvimos Nosso Senhor mencionar tanto o “Ocidente” quanto o “Oriente” em termos positivos. Ele disse isso enquanto “admirava-se” com a fé de um gentio, o centurião romano: “Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé! Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu, ao passo que os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores…” (Mateus 8,10-12a).
Provavelmente esse é um comentário trivial, mas, ao ler essas palavras, eu me pergunto por que nós, cristãos Ortodoxos, parecemos preferir nos identificar especificamente como Ortodoxos Orientais [em inglês], mesmo quando, ou especialmente quando, nascemos e crescemos no “Ocidente”. É como se pensássemos que ser chamado de “Oriental” fosse, de alguma forma, melhor do que ser “Ocidental”. Mas Nosso Senhor diz que “do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão…” — então, por que não seguimos em frente e assumimos nossa condição de “Ortodoxos Ocidentais” e nos identificamos como tal? Perdoem-me por este comentário óbvio não muito útil, meus amados leitores, e Feliz fim de semana de 4 de julho para aqueles que estão nos EUA!
Versão brasileira: João Antunes
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