“Deus disse: ‘Que a terra produza verdura, erva com semente, árvores frutíferas que deem fruto sobre a terra, segundo as suas espécies, e contendo semente’. E assim aconteceu. A terra produziu verdura, erva com semente, segundo a sua espécie, e árvores de fruto, segundo as suas espécies, com a respectiva semente. Deus viu que isto era bom. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o terceiro dia.” (Gênesis 1,11ss)
Adoro as terças-feiras. Há muita esperança nesse dia da semana, terça-feira, chamado O Terceiro Dia em hebraico e em grego (Shlishi, Trite). Nesse terceiro dia, Deus fez nascer a erva, as árvores, seus frutos e sementes, que caem no chão para trazer nova vida a partir de sua morte e sepultamento na terra. O mistério do poder e da vontade de Deus de trazer nova vida a partir da morte e do sepultamento foi revelado no Terceiro Dia e é novamente revelado na ressurreição de Cristo “ao terceiro dia, conforme as Escrituras”, como professamos no Credo.
Acolhamos a esperança neste 4 de julho, mesmo se, ou especialmente se, nos depararmos com mortes ou perdas, seja em nossa própria vida ou na de outras pessoas. Nossas próprias “mortes” grandes e pequenas (as espirituais e físicas), bem como as “mortes” de outras pessoas, — até mesmo das plantas e árvores em nosso mundo natural, — contêm a promessa de uma nova vida, quando escolhemos abraçar nossa fé comum, nossa fé natural, n’Aquele Que, desde o início, continuamente traz nova vida desde os lugares mais escuros. “Porque o Deus que disse: ‘das trevas brilhe a luz’, foi quem brilhou nos nossos corações, para irradiar o conhecimento da glória de Deus, que resplandece na face de Cristo” (2ª Coríntios 4,6).
Versão brasileira: João Antunes
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