ORAÇÃO DO CORAÇÃO

Quando o espírito maligno sai de um homem, vagueia por sítios áridos, em busca de repouso, e não o encontra. Diz então: ‘Voltarei para a minha casa, donde saí’. E, ao chegar, encontra-a livre, varrida e arrumada. Vai, toma outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, instalam-se nela. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim acontecerá também a esta geração má.” (Mateus 12,43ss)

Aqui está a advertência amigável de Nosso Senhor para nós, de que o ruim não é termos nossa “casa” varrida e arrumada, mas “livre”, ou seja, vazia d’Ele. Portanto, se tivermos todas as coisas externas em ordem e estivermos fazendo os movimentos corretos, — os movimentos Ortodoxos, — fazendo as orações corretas, comendo os alimentos corretos, e talvez até mesmo erguendo belas igrejas com belos cânticos e todos os sinos e incensos, mas não tomarmos o cuidado de abrir nosso coração a Ele, então nos encontraremos em um “estado final pior do que o primeiro”.

Nesta manhã, na Hora Prima, enquanto faço minhas orações, vou fazer uma pausa e prestar atenção ao meu coração. Porque a oração é uma questão do coração. Peço humildemente a Deus que tire de mim todos os medos egocêntricos e de isolamento, como o medo do fracasso ou do sucesso, da opinião humana ou da insegurança financeira, etc., porque eles sinalizam para mim que estou ficando vazio. Eu os entrego a Deus e deixo que Ele seja Deus, no meu aqui e agora. “Cria em mim, ó Deus, um coração puro; renova e dá firmeza ao meu espírito” (Salmo 50/51,12).

Versão brasileira: João Antunes

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