“Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Clopas, e Maria Madalena. Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: ‘Mulher, eis o teu filho!’. Depois, disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe!’. E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a [em sua casa] como sua.” (João 19,25ss)
São João, o discípulo amado, já tinha uma casa e uma mãe, no sentido habitual. Ela era Salomé, a esposa de Zebedeu, que ainda estava viva e também presente junto à Cruz (Marcos 15,40). O jovem João ainda morava na casa de seus pais. Mas o Senhor confia João à Sua própria Mãe, que era pobre, não no sentido habitual. Na Cruz, a Theotokos se torna a mãe de João no sentido espiritual; Ela é chamada a sustentar, proteger e cuidar dele por meio de Sua presença maternal, orientação e orações incessantes. E, nesse sentido, de acordo com os ensinamentos da patrística, Ela se torna “Mãe” de todos nós. Portanto, o que foi dito a João é dito a todos nós: “Eis a tua mãe!”.
Nesta manhã, enquanto os que seguem o Calendário Juliano Tradicional iniciam o Jejum da Dormição e outros se preparam para celebrar a tristeza cheia de júbilo da Dormição (Assunção) de nossa incessantemente orante Senhora, mais uma vez a deixo entrar em minha “casa”. Que eu fique sempre perto da Mãe da Vida, que não abandona nenhum de nós em nossa jornada carregando a cruz, mesmo em Sua Dormição.
Versão brasileira: João Antunes
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