RENOVANDO OS FUNDAMENTOS DE NOSSA FÉ

Glória à Tua santa ressurreição, Ó Senhor!” (Refrão, Cânone da Ressurreição)

O que significa louvar e celebrar a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo? E por que fazemos isso o ano todo, domingo após domingo? Significa refrescar nossa “memória” em relação a um evento histórico que aconteceu há dois milênios, bem cedo pela manhã (quando ainda estava escuro), no primeiro dia da semana, fora dos muros de Jerusalém. Mas também significa renovar nossa fé nas verdades mais básicas sobre Deus; sobre como Ele “opera”, não apenas em histórias bíblicas do passado, mas especificamente em nossa vida, dia após dia, quando O permitimos.

O verdadeiro Deus “opera” em nosso mundo principalmente como Aquele que faz surgir das trevas a luz, desde o primeiro dia da criação. Ele também faz surgir da morte a vida, como revelou no Terceiro Dia, quando criou as plantas e, mais importante, as “sementes” que caem no chão e morrem, para gerar uma nova vida (Gênesis 1,11s). Neste momento, no outono [no Hemisfério Norte], somos recordados desse mistério ao nosso redor, quando vemos a folhagem “morrendo” na natureza, para que uma nova vida possa surgir na primavera.

Também passamos por transições da doença para a saúde, da fraqueza espiritual ou física para a fortaleza, da confusão para a clareza, do ressentimento para o perdão, e assim por diante — não sem a ajuda do nosso Deus criador de vida. E tudo isso aponta para o “quadro geral”, se olharmos para isso com fé e esperança (como somos recordados a fazer todos os domingos), da Ressurreição dos Mortos. Ela é inaugurada por Um de nós, o Filho de Deus encarnado, que passou da morte física para a vida física “ao terceiro dia” há dois milênios, e nos convidou a ter comunhão física com Ele, comendo e bebendo de Seu Corpo e Sangue ressuscitados, para que também nos tornemos capazes de ressuscitar, como participantes dela. Glória à Tua santa ressurreição, Ó Senhor! Que passemos das trevas para a luz, e da morte para a luz, mais uma vez, em comunhão com o Senhor.

Versão brasileira: João Antunes

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