A GRANDE RECOMPENSA DE SE TER FÉ

Não percais, pois, a vossa confiança, à qual está reservada uma grande recompensa. Na realidade, tendes necessidade de perseverança, para que, tendo cumprido a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Pois ainda ‘um pouco, de fato, um pouco apenas, e o que há-de vir, virá e não tardará. O meu justo viverá pela fé, mas, se ele voltar atrás, a minha alma não encontrará nele satisfação’. Nós, porém, não somos daqueles que voltam atrás para a perdição, mas homens de fé para a salvação da nossa alma.” (Hebreus 10,35-39)

Há uma “grande recompensa” por não perdermos nossa confiança. Nossa confiança está no Grande Fato de que Deus é. E Ele é bom. Ele não é um pai ausente, mas Aquele que comparece, repetidas vezes, conforme celebramos nesta época de Teofanias, ou seja, de Sua manifestação a nós em Belém e de Sua revelação para ser batizado no rio Jordão. Ele é invariavelmente Aquele “há-de vir”, e Ele virá e não tardará; Ele virá para qualquer uma de nossas situações difíceis não cicatrizadas ou não resolvidas, internas ou externas, como Ele sempre tem feito.

Às vezes, as vozes negativas em nossa cabeça ou no meio de nós querem nos derrubar, de modo que perdemos a confiança em Deus e em nosso próprio valor e importância eternos para Ele, e passamos a perder tempo com a solidão, o medo egocêntrico, o comodismo, a indiferença em relação à nossa própria vocação, como se isso não tivesse importância, etc.

Nós, porém, não somos daqueles que voltam atrás para a perdição”, recorda-nos o autor de Hebreus na leitura da epístola de hoje, “mas homens de fé para a salvação da nossa alma”. É importante, meus amigos, que tenhamos fé, que alimentemos nossa fé e que a transmitamos às pessoas ao nosso redor. Por meio de nossa fé, esperança e comunhão com nosso bom Deus, transformamos e renovamos nosso mundo, com a graça de Deus. E nós, ao vivermos com fé, experimentamos a “grande recompensa” de transformar nosso mundo, à medida que nos transformamos diariamente, ao substituirmos o medo e o comodismo pela fé. Mas se nos permitirmos acolher e transmitir os tipos opostos de energia, como a desesperança, o comodismo, etc., não apenas desperdiçamos nosso precioso tempo dado por Deus, mas também começamos a contagiar os outros com nossa negatividade. Nesta manhã, peço a Deus que entre em meu coração, ao fazer uma oração sincera, e que eu dê um passo de cada vez e faça o que preciso fazer hoje, de acordo com minhas responsabilidades, com as quais Ele me dignifica. “Cria em mim, ó Deus, um coração puro; renova e dá firmeza ao meu espírito” (Salmo 51,12).

Versão brasileira: João Antunes

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