“Ó Deus, cria em mim um coração puro, renova um espírito firme no meu peito; não me rejeites para longe de tua face, não retires de mim teu santo espírito. Devolve-me o júbilo da tua salvação e que um espírito generoso me sustente (πνεύματι ἡγεμονικῷ).” (Salmo 51,12-14)
O Salmo 51 é cantado várias vezes por dia, em nosso ciclo diário de ofícios eclesiásticos. Nele, pedimos “renovação” muitas vezes ao dia, porque podemos ser “renovados” no sempre novo e sempre Espírito “sustentador” de Deus quando decidimos nos abrir para Ele. Quando percebo que estou andando em círculos, de acordo com “velhos” padrões ou com algum espírito ou voz “errado” em minha cabeça, como a preguiça ou a indolência, posso invocar e ser restaurado em Deus.
Ao começar uma nova semana de trabalho nesta segunda-feira da última (!) semana da Quaresma, peço a renovação “em mim” do “júbilo da salvação” com a qual comecei a Quaresma há várias semanas. Que eu faça uma pausa nesta manhã e planeje meu pequeno cronograma de condicionamento físico e espiritual, no “Espírito generoso que me sustenta”, de paciência e humildade. Que eu enfrente mais um dia carregando a cruz, não com medo egocêntrico ou autopiedade, mas com fé em Deus, à medida que nos aproximamos do final dos 40 dias com o Sábado de Lázaro (uau!). “Senhor e Soberano da minha vida, não me deis um espírito de preguiça, de indolência, de soberba, de vanilóquio” (Oração Quaresmal de Santo Efrém).
Versão brasileira: João Antunes
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