“Se o mundo vos odeia, reparai que, antes que a vós, me odiou a mim. Se viésseis do mundo, o mundo amaria o que é seu; mas, como não vindes do mundo, pois fui Eu que vos escolhi do meio do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.” (João 15,18s)
Às vezes, podemos cometer o erro de querer “fazer parte” daqueles ou daquilo que não é, de fato, “nosso”, e não percebemos que cometemos esse equívoco até sofrermos rejeição. E isso dói.
Mas esse tipo de dor, se a recebermos na luz de Deus, é um grande “momento de aprendizado”, que nos revela mais sobre nossa “vocação” como “ekklesia” (de “ekkaleo”, que significa “chamamento”) para seguir Cristo. Somos chamados a ser, e temos a dignidade de ser, “d’Ele”, e de mais ninguém, desde que estejamos dispostos a ser, — e isso significa que seremos reconhecidos como falsos em muitos lugares e por muitos indivíduos e grupos de pessoas neste mundo, que nos reconhecerão como não sendo “deles”. Também podemos ser rejeitados por pessoas que também pertencem a Cristo, mas que não são chamadas para servir ou serem servidas por nós, por qualquer motivo que só Deus conhece, o que é um tipo diferente de situação. De qualquer forma, nossa “rejeição” é, na verdade, uma coisa boa, mesmo que seja dolorosa no momento, o que nos protege de perder tempo em relacionamentos que não darão certo no final. Que eu seja dócil e grato hoje, de uma maneira centrada em Cristo, ao me reconectar com Ele nesta manhã ensolarada. E que eu me recorde de uma frase bastante útil que ouvi de uma pessoa sábia: “Rejeição é proteção de Deus”.
Versão brasileira: João Antunes
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