“Jesus falou-lhes novamente: ‘Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida’.” (João 8,12)
Temos tido longos períodos consecutivos de dias chuvosos [em Viena, Áustria], e penso que a falta de sol seria insuportável, tantos dias “cinzentos” seguidos, se o sol fosse a única ou a principal fonte de luz do meu mundo. Mas porque certas pessoas do bem, como os meus pais e outras pessoas da sua comunidade-igreja, me transmitiram uma fé em Cristo plena de luz (porque “é preciso uma aldeia inteira¹” para nos formar nesta bela fé), não “ando nas trevas” nem sequer numa situação “nebulosa”, ao longo destas semanas de chuva contínua.
A fé nos eleva acima e além do mundano, e até mesmo acima e além da ordem “natural” das coisas, libertando-nos da inevitabilidade e da escravidão de suas situações “nebulosas”. Quando aceito a luz de Cristo e deixo que Ele ilumine meu coração por meio de Seu Espírito Santo, vejo-me liberto da aparente inevitabilidade e da aparente falta de sentido da ordem “natural” das coisas. N’Ele e com Ele, “a luz brilha nas trevas” (João 1,5), seja qual for a aparência dessas trevas em um determinado momento de minha vida, e as trevas não a vencem. Hoje tenho sentido e propósito, em comunhão com Cristo, minha principal Fonte de Luz, em meio às mudanças mais sombrias do clima, ou mesmo em meio às minhas próprias mudanças de humor. E não quero dizer que fujo para algum tipo de fantasia ou negação, ignorando minhas responsabilidades, não. Quero dizer que, em Cristo, sou iluminado para enfrentar meus altos e baixos, com o realismo gentil que é Sua humildade, na jornada carregando a cruz. Graças Te dou, Senhor, por iluminar minha vida, quando permito que Tu faças isso, em meio a seus altos e baixos.
¹ Provérbio africano: “É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança”.
Versão brasileira: João Antunes
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