“Dito isto, elevou-se à vista deles e uma nuvem subtraiu-o a seus olhos. E como estavam com os olhos fixos no céu, para onde Jesus se afastava, surgiram de repente dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: ‘Homens da Galileia, por que estais assim a olhar para o céu? Esse Jesus que vos foi arrebatado para o Céu virá da mesma maneira, como agora o vistes partir para o Céu’. Desceram, então, do monte chamado das Oliveiras, situado perto de Jerusalém…” (Atos 1,9-12a)
O que os onze discípulos fizeram depois que voltaram para Jerusalém? Eles apenas oraram e esperaram a vinda do Espírito Santo? Não. Eles, de fato, oraram no “cenáculo” com o restante da comunidade, cerca de 120 pessoas, conforme aprendemos no Livro de Atos 1,14: “e todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus”. Mas eles também tinham outro trabalho a fazer e “por aqueles dias” (antes do Pentecostes) tiraram a sorte e elegeram Matias, para substituir Judas como um dos doze, “(e Matias) foi incluído entre os onze Apóstolos”. Em outras palavras, eles também cuidaram de uma questão administrativa da igreja, uma questão de ordem da igreja, pela qual seriam responsabilizados quando “esse Jesus que foi arrebatado” deles, voltasse, como os dois homens vestidos de branco os recordaram.
Ao celebrarmos a grande festa da Ascensão hoje [Calendário Juliano Tradicional], penso que também temos trabalho a fazer, para ordenar o pequeno ou grande leque de responsabilidades que recebemos, de acordo com nossas vocações. Não ficamos apenas “com os olhos fixos no céu”, embora façamos um pouco disso também, sempre que subimos o “monte” da oração focada. Graças Te dou, Senhor, por me honrares com meu pequeno conjunto de responsabilidades e por elevares a cada um de nós em Tua Ascensão. Glória a Ti por tudo.
Versão brasileira: João Antunes
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