
“Deixo-vos ditas estas coisas, para que, quando chegar a hora, vos lembreis de que Eu vo-las tinha dito. Não vo-las disse, porém, desde o princípio, porque Eu estava convosco. Agora vou para aquele que me enviou, e ninguém de vós me pergunta: ‘Para onde vais?’. Mas, por vos ter anunciado estas coisas, o vosso coração ficou cheio de tristeza. Contudo, digo-vos a verdade: é melhor para vós que Eu vá, pois, se Eu não for, o Paráclito (ὁ Παράκλητος, o Consolador) não virá a vós; mas, se Eu for, Eu vo-lo enviarei. E, quando Ele vier, dará ao mundo provas irrefutáveis de uma culpa, de uma inocência e de um julgamento: de uma culpa, pois não creram em mim; de uma inocência, pois Eu vou para o Pai, e já não me vereis; de um julgamento, pois o dominador deste mundo ficou condenado. Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender por agora. Quando Ele vier, o Espírito da Verdade, há-de guiar-vos para a Verdade completa.” (João 16,4-13a)
Cristo disse aos discípulos: “o vosso coração ficou cheio de tristeza”, depois de ter dito a eles que precisava “ir embora” e que eles “não O veriam mais”. E Ele foi embora, em Sua Ascensão, para nos enviar um Novo Consolador, o Espírito da verdade, que agora aguardamos com a proximidade da grande festa de Pentecostes.
Estou refletindo sobre o fato de que a “tristeza” geralmente precede o recebimento do Novo Consolador, o Espírito Santo, em nosso coração. Quando Deus retira alguma fonte anterior de conforto, companheirismo ou apoio, e experimentamos a perda, nosso coração “contrito” se abre para a graça de uma forma que não podia antes, porque estava ocupado de outra forma. “O sacrifício agradável a Deus é o espírito contrito; ó Deus, não desprezes um coração contrito e arrependido” (Salmo 50/51,19). Ó Rei celeste, vem e habita em nós, mesmo em nossa contrição. Amén!
Versão brasileira: João Antunes
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