O DIA DO ESPÍRITO SANTO

Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos Profetas.” (Credo Niceno-Constantinopolitano)

Nesta segunda-feira após o Pentecostes [Calendário Juliano Tradicional], conhecida em nosso calendário litúrgico como “O Dia do Espírito Santo”, estou refletindo sobre os vários “papéis” do Espírito Santo, tanto no misterioso Ser de nosso Deus Triúno quanto neste mundo.

O que nos é revelado sobre Seu Ser na Santíssima Trindade é que Ele “procede” (diferentemente do Filho, Que “nasce”) do Pai; e Ele é igualmente divino, como Aquele que é adorado e glorificado juntamente com o Pai e o Filho. Por isso, adoramos e glorificamos o Espírito Santo como Senhor e Deus. E neste mundo, Ele sempre esteve “ativo”, como Doador da Vida, desde a criação, “movendo-se sobre a superfície das águas” (Gênesis 1,2) como uma ave choca seus ovos; e durante todo o Antigo Testamento Ele “falou” conosco por meio de alguns poucos escolhidos, “os Profetas”.

E agora, na era da Igreja, fundada pelo Filho de acordo com a vontade do Pai, o Espírito Santo sustenta sua vida. Ele sopra contínua e abundantemente Sua graça sobre todos nós, não apenas sobre uns poucos escolhidos, sempre que nos abrimos para Sua Presença sacramental entre nós, na “comunhão dos santos” que é a Igreja. Ele é dado e Se dá a nós, assim como o Filho foi dado e Se deu a nós, pelo amor perene que nosso Deus Triúno tem por Sua criação: “e Eu apelarei ao Pai”, Cristo nos prometeu, “e Ele vos dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco, o Espírito da Verdade…” (João 14,16-17a). Portanto, que eu abra meu coração a Ele nesta manhã, entregando todas as minhas questões e relacionamentos à Sua gentil orientação e disciplina: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro; renova e dá firmeza ao meu espírito” (Salmo 50/51,12).

Versão brasileira: João Antunes

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