QUERER UM «SINAL»

Intervieram, então, alguns doutores da Lei e fariseus, que lhe disseram: ‘Mestre, queremos ver um sinal feito por ti’. Ele respondeu-lhes: ‘Geração má e adúltera! Reclama um sinal, mas não lhe será dado outro sinal, a não ser o do profeta Jonas. Assim como Jonas esteve no ventre do monstro marinho, três dias e três noites, assim o Filho do Homem estará no seio da terra, três dias e três noites. No dia do juízo, os habitantes de Nínive hão-de levantar-se contra esta geração para a condenar, porque fizeram penitência quando ouviram a pregação de Jonas. Ora, aqui está quem é maior do que Jonas!’.” (Mateus 12,38-41)

A questão dos “sinais” divinos é a seguinte: Às vezes, eles são “dados”, conforme a conveniência de Deus, mas não devem ser reclamados ou exigidos. Algo semelhante pode ser observado com relação aos “sinais” em nossos relacionamentos humanos: A pessoa amada pode ocasionalmente nos trazer flores, por exemplo, como um “sinal” de seu amor, mas se começarmos a exigir que ela faça isso e, digamos, ela o fizer, mediante nossa exigência, … isso não é a mesma coisa, não é mesmo? Nossa exigência por esse “sinal”, embora compreensível em certos casos, é mais um “sinal” de nossa falta de fé em seu amor por nós.

Podemos ter motivos para duvidar do amor de uma pessoa amada, do tipo: “Se você me ama, mostre-me, se não me ama, esqueça-me” – porque os seres humanos são mutáveis. Mas Deus é imutável, em Seu amor e fidelidade eternos para conosco. Portanto, não devemos projetar n’Ele as atitudes às vezes “más e adúlteras” dos relacionamentos humanos, que às vezes nos levam a “querer ver um sinal” para mantê-los. Que eu confie em meu Senhor ressurreto hoje e que Ele me proteja, mais uma vez, com o sinal de Sua cruz. “O SENHOR é minha luz e salvação: de quem terei medo? O SENHOR é o baluarte da minha vida: quem me assustará?” (Salmo 26/27,1).

Versão brasileira: João Antunes

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