
Sacerdote: “Paz a vós todos!”.
Povo: “E com teu espírito!”.
Diácono: “Amemo-nos uns aos outros…”
(Divina Liturgia, pouco antes do Ósculo da Paz)
É na, e pela, graça do Espírito Santo que o sacerdote compartilha com todos nós, e nós compartilhamos com ele e com todos os outros ao nosso redor, o dom da “paz”. Pouco antes da oração central da Divina Liturgia, a Anáfora, quando (re-)afirmamos isso, nossa “paz” dada por Deus com “todos”, a “paz que procede do alto”, tanto nós quanto nosso sacerdote somos recordados desse fato, conforme citado acima.
Como São João Crisóstomo explica à sua congregação em uma homilia proferida no dia de Pentecostes, o celebrante principal na Divina Liturgia “não toca nas oblações antes de ele mesmo ter implorado a graça do Senhor para vós, e vós suplicais em resposta a ele: ‘E com o teu espírito’. Com essa resposta, vós também sois recordados de que aquele que está lá (o sacerdote) não faz nada, e que a justa oferta dos dons não é uma obra da natureza humana, mas que o sacrifício místico é realizado pela graça do Espírito Santo e por Ele pairar sobre todos. Pois aquele que está lá é um homem, é Deus que opera por meio dele”. (PG 50:459)
Nós não compartilhamos “todos” o papel sacramental específico de nossos sacerdotes ordenados. Mas compartilhamos de sua vocação sacerdotal, no sentido de que todos somos chamados a participar e a sermos canais da “paz” e de outros dons da graça do Espírito Santo. Assim, São Paulo saúda a todos nós, dizendo: “A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com o vosso Espírito, irmãos! Amén” (Gálatas 6,18). Que eu acolha o Espírito de Cristo nesta manhã, deixando que Ele habite em mim, como Ele quer habitar em todos nós, para que “amemo-nos uns aos outros”. Amén!
Versão brasileira: João Antunes
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