“De fato, tanto o que santifica, como os que são santificados, provêm todos de um só; razão pela qual não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo: ‘Anunciarei o teu nome aos meus irmãos, no meio da assembleia (ἐν μέσῳ ἐκκλησίας) te louvarei’; e ainda: ‘Eu porei nele a minha confiança’; e de novo: ‘Eis-me, a mim e aos filhos que Deus me deu’. Pois, tal como os filhos têm em comum a carne e o sangue, também Ele partilhou a condição deles (τῶν αὐτῶν), a fim de destruir, pela sua morte, aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo, e libertar aqueles que, por medo da morte, passavam toda a vida dominados pela escravidão.” (Hebreus 2,11-15)
Cristo “não se envergonha” de nos chamar de “irmãos” e de “filhos”. Ele Se posiciona em nosso meio, tendo participado de nossa natureza, de nossa “carne e sangue”, em Sua encarnação, e diz: “Eis-me, a mim e aos filhos que Deus me deu”. Ele não tem vergonha de Se posicionar e ser contado, como um de nós. Portanto, eu também não preciso ter vergonha de me posicionar como reto (orthoi) e ser contado como um dos Seus. Pois “tanto o que santifica, como os que são santificados, provêm todos de um só”, como diz o autor de Hebreus acima.
“Eis-me”, digo ao Nosso Senhor nesta manhã. Não estou zanzando sem sentido ou sem propósito, sendo empurrado de um lado para o outro “passando toda a vida dominado pela escravidão” ao medo e à vergonha. Hoje eu assumo minha liberdade humana-divina e dignificante de uma maneira orto-doxa (uma maneira reta) e oro como fizeste, Senhor, ao nosso Pai e ao Teu: “Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no Céu”. Amén!
Versão brasileira: João Antunes
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