CRISTO É LIBERDADE

[Jesus] Veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler. Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito:
‘O Espírito do Senhor está sobre mim,
porque me ungiu
para anunciar a Boa-Nova aos pobres;
enviou-me
a proclamar a libertação aos cativos
e, aos cegos, a recuperação da vista;
a mandar em liberdade os oprimidos,
a proclamar um ano favorável da parte do Senhor’.
Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Começou, então, a dizer-lhes: ‘Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir’.” (Lucas 4,16-21)

A passagem que Cristo escolheu para ler, de Isaías (Isaías 61,1-2a), refere-se principalmente à liberdade. É sobre as boas novas de que os cativos serão libertados, os cegos receberão o poder de ver e os oprimidos serão libertos. É disso que trata o “ano” de Nosso Senhor; é disso que trata cada ano de Nosso Senhor, na medida em que O deixamos fazer parte dele, desde que o Filho de Deus entrou em nosso tempo e o abençoou com Sua presença física entre nós, na carne.

Hoje, quando aqueles que seguem o Calendário Juliano Revisado celebram o Ano Novo Eclesiástico, quando essa passagem do Evangelho é lida em nossas igrejas, ouvimos novamente Cristo nos desafiar com esse chamado à liberdade. E com esse chamado para reconhecer também este “ano de Nosso Senhor”, 2024-25, como favorável ou aceitável para Ele. Até mesmo este ano de eleições que provocam divisões, quando muitos tendem a pensar que estamos indo todos à ruína total, é um ano que somos desafiados a aceitar como “o ano da graça do Senhor”, na medida em que aceitamos Sua visão das coisas. Sou desafiado a permitir que eu e outros sejamos libertados e libertos das várias formas de escravidão e cegueira, como diferentes vícios, codependências e ideologias ilusórias, pouco a pouco e um dia de cada vez, com a ajuda de nosso amoroso Deus.

E oro por aqueles em nosso mundo que lutam por sua liberdade hoje, como as forças ucranianas continuam a fazer, contra regimes autoritários que são cegos para o fato de que a liberdade é um valor cristão tradicional. “Ajuda-nos, salva-nos, tem piedade de nós e conserva-nos, ó Deus, pela Tua graça”. Feliz Ano Novo Eclesiástico!

Versão brasileira: João Antunes

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