“Tendo Jesus recomeçado a falar em parábolas, disse-lhes: ’O Reino do Céu é comparável a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram comparecer. […] Mas eles, sem se importarem, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio’.” (Mateus 22,1ss.5)
Por que Nosso Senhor compara Seu reino a um banquete nupcial? Porque o casamento é um sacramento de unidade, assim como a Igreja é um sacramento de unidade. Envolve a decisão de entrar em unidade com outra ou outras pessoas, e estar presente (em trajes apropriados) para isso, em vez de escolher continuarmos sozinhos, fazendo nossas vontades. A última opção pode ser mais confortável para nós, especialmente se formos como aqueles da parábola que foram os primeiros a serem convidados. Eles tinham seus próprios campos e seus negócios, portanto, eram pessoas ocupadas.
Por que o rei da parábola convida primeiro as pessoas muito ocupadas? Provavelmente porque elas realmente precisavam fazer uma pausa em suas próprias ocupações e se dedicar às ocupações do rei, para Ele e para os outros. Quando estamos ocupados demais para dedicar algum tempo à comunhão com Deus e com o próximo, é um sinal de que precisamos fazer uma pausa. Será que estar ocupado demais para Deus não é tanto uma realidade objetiva, mas um estado de espírito? Acho que isso não vem necessariamente de um desrespeito a Deus, como se Ele não fosse importante. Às vezes, vem de um desrespeito sutil a si mesmo, de pensar que eu não sou importante para Ele (e para o próximo); se estou ou não presente no banquete comum, ou como estou vestido se estiver presente, não importa.
Mas o Senhor está dizendo nessa parábola que eu sou importante, porque Deus continua a se preocupar em me convidar para participar do “banquete” de comunhão com Ele e com o próximo. Esse “banquete” acontece não apenas na igreja, mas cotidianamente, quando sou chamado para participar de algum tempo com Deus e de algum tempo com o próximo, de acordo com minhas responsabilidades. Ele pede apenas que eu esteja presente com roupas decentes, como qualquer pessoa que se preze. Feliz segunda-feira, queridos amigos!
Versão brasileira: João Antunes
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