“Quero comunicar-vos, irmãos, que o que se passa comigo acabou até por contribuir para o progresso do Evangelho (τοῦ εὐαγγελίου, das boas novas). Assim, foi em Cristo que as minhas prisões se tornaram conhecidas em todo o pretório e de todos os restantes. E a maior parte dos irmãos no Senhor, é pela confiança ganha devido às minhas prisões, que têm ainda mais coragem para, sem medo anunciar a Palavra.” (Filipenses 1,12ss)
A decisão de São Paulo de seguir sua vocação ou chamado, de seguir Cristo, levou o apóstolo a muita dor e isolamento, até mesmo à “prisão”. Como Carl Jung escreveu sobre toda a problemática de seguir a própria “vocação”, que ele considerava uma parte essencial do “desenvolvimento da personalidade”: “A expressão: ‘Muitos são os chamados, e poucos os escolhidos’, é válida neste caso como em nenhum outro, pois o desenvolvimento da personalidade, desde seu começo até à consciência completa, é um carisma e ao mesmo tempo uma maldição: como primeira consequência, o indivíduo, de maneira consciente e inevitável, se separa da grande massa, que é indeterminada e inconsciente. Isto significa isolamento, e para indicá-lo não existe nenhuma palavra mais consoladora”.
Mas uma palavra mais consoladora nos é oferecida por São Paulo, pelas coisas que aconteceram a ele e a muitos outros, como resultado de seguir o chamado de Cristo. São Paulo nos dá testemunho, como alguém que venceu o medo, e também inspirou outros a “sem medo anunciar a Palavra (as boas novas)”, por ter passado pelo medo de seguir sua vocação. Graças Te, Senhor, por nos inspirar, por meio dos grilhões de Teus heróis, a compartilhar Tuas boas novas em meio ao nosso ciclo contínuo de notícias ruins e sua cultura de medo puramente humano. Feliz fim de semana, queridos amigos!
Versão brasileira: João Antunes
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