“E a maior parte dos irmãos no Senhor, é pela confiança ganha devido às minhas prisões, que têm ainda mais coragem para, sem medo anunciar a Palavra. É certo que alguns é por inveja e rivalidade, mas outros é mesmo com boa intenção que pregam a Cristo: os que o fazem por amor sabem que estou designado para a defesa do Evangelho; mas os que anunciam a Cristo por ambição, sem sinceridade, pensam que estão a agravar a tribulação que sofro nas minhas prisões. Mas que importa? Desde que, de qualquer modo, com segundas intenções ou com verdade, Cristo seja anunciado. É com isso que me alegro. Mais ainda: continuarei a alegrar-me.” (Lucas 1,14-18)
Como visto nas palavras de São Paulo, não há nada de novo em relação à inveja e à rivalidade entre os que pregam Cristo. Isso não é surpreendente, pois é mais provável que a inveja e a rivalidade ocorram entre colegas, e não entre pessoas de estilos de vida diferentes. Na época de São Paulo, esses fenômenos se manifestaram na comunidade cristã de Roma, onde ele estava preso. Lá, alguns pregadores invejavam sua popularidade e a sabotavam em seus sermões públicos, enquanto ele estava preso. No entanto, o grande apóstolo dos gentios tira o melhor proveito dessa situação negativa, mesmo reconhecendo-a, e se alegra com o fato de o nome do Senhor ter sido anunciado, mesmo pelos pregadores invejosos. Ele prefere se concentrar no panorama geral: a glória de Deus, e não a sua própria glória ou a de qualquer outra pessoa.
E essa é a resposta para a inveja e a rivalidade, caso eu seja confrontado com elas: Voltar a me concentrar única e exclusivamente na glória de Deus. Em termos práticos, isso significa reconectar-me com Deus e com a minha própria vocação, seja ela qual for, como um servo entre servos. A graça unificadora de Deus me impede de me distrair com comparações ou preocupações prejudiciais com os outros, seja o que quer que eles estejam fazendo ou como estejam fazendo. Senhor, que façamos tudo o que estivermos fazendo por amor a Ti e em Ti, uns pelos outros, para que possamos fazer o que precisamos fazer, não para provar ou enfatizar a nós mesmos, mas para contribuir um pouco com o Teu panorama maior. Como um grande mosaico, no qual cada um de nós é uma pequena peça, refletindo a Tua luz de diferentes maneiras.
Feliz sexta-feira, queridos amigos!
Versão brasileira: João Antunes
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