“Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se corromper, com que se há-de salgar? Não serve para mais nada, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do candelabro, e assim alumia a todos os que estão em casa. Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai, que está no Céu.” (Mateus 5,13-16)
O Pe. Robert F. Taft, SJ, um professor amado por muitos, inclusive por mim, e que faleceu em 2018 neste dia 2 de novembro, era essas duas coisas: tanto “sal” quanto “luz”. Com o “sal” de seu gênio particular, ele deu vida ao “sabor” de fatos históricos que, de outra forma, estariam mortos, às vezes até ao ponto de perturbar os paladares mais sensíveis, não acostumados à sua dose de “sal”. Porque o Padre Taft dizia as coisas como elas eram, de acordo com sua pesquisa meticulosa e honesta.
Por esse testemunho marcante, por ser o acadêmico honesto que era, por ser ele mesmo, às vezes era criticado e difamado. Mas ele nunca pôde “ser escondido”, como “uma cidade situada sobre um monte”. Como muitos estudiosos da Igreja, ele sofreu com o peso de seu conhecimento, que tanto iluminou quanto perturbou o “status quaestionis” das questões passadas e presentes da Igreja. Sendo assim, quero agradecer a Deus pela coragem do Pe. Taft de compartilhar o que aprendeu, em seu testemunho sem reservas. Graças Te dou, Deus, por nos dar o Pe. Taft. E obrigado, Pe. Taft, por permitir que Deus o oferecesse a nós, como o sal e a luz de que tanto precisamos em nossos dias. “Вечная ваша память, достоблаженные отцы и братия наша, приснопоминаемыя!”
Versão brasileira: João Antunes
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