“Da vossa parte, irmãos, não vos canseis de fazer o bem. Se alguém não obedecer à nossa palavra comunicada nesta Carta, a esse assinalai-o, não tenhais contato com ele para que se envergonhe. Não o considereis, todavia, como um inimigo mas repreendei-o como a um irmão. O Senhor da paz, Ele próprio, vos dê a paz, sempre e em todos os lugares. O Senhor esteja com todos vós.” (2ª Tessalonicenses 3,13-16)
É difícil não se cansar de fazer o bem, especialmente se formos novos nisso, como eram os tessalonicenses recém-convertidos, e, portanto, poderíamos esperar que fazer o bem fosse fácil ou “recompensador” de uma forma materialista. Também é difícil para nós não nos cansarmos de fazer a pequena ou grande coisa boa que estamos fazendo, especialmente por causa da nossa cultura de gratificação instantânea. Provavelmente, temos a tendência de ter uma capacidade ainda menor de perseverança e paciência conosco e com o próximo do que os antigos tessalonicenses, quando certas pessoas ou instituições permanecem indiferentes ou até mesmo hostis às nossas boas ações. Podemos até desenvolver uma espécie de Síndrome do Amor Não Correspondido em relação às pessoas e instituições de nosso mundo.
Mas São Paulo não era alheio ao fracasso em seu próprio ministério, que caiu em ouvidos moucos entre seu próprio povo, ou pior, levou-o a ser expulso de mais de uma cidade e, ainda pior, levou-o finalmente à prisão e à decapitação pelas autoridades de sua nação. Seu pequeno rebanho em Tessalônica também estava lidando com perseguições institucionais, mas, na passagem acima, ele os exorta a serem sensatos com as pessoas irritantes de sua própria comunidade. Ele realmente pede aos tessalonicenses que “não tenham contato” com esses irmãos, mas que não os considerem inimigos e que os repreendam. Esse é um equilíbrio difícil de alcançar, mas hoje vamos nos animar e “não nos cansarmos de fazer o bem”. São Paulo diz que, como ele sabia por experiência própria, “o próprio Senhor da paz” pode e nos dá paz por meio de nossa paciência conosco e com os outros. “O Senhor esteja com todos vós”, diz ele a cada um de nós neste dia 6 de novembro. Obrigado, querido São Paulo, e, por favor, ore a Deus por todos nós hoje.
Versão brasileira: João Antunes
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