O OUTONO E O MISTÉRIO DA CRUZ

Jesus disse, então, aos discípulos: ‘Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la’.” (Mateus 16,24s)

O outono me recorda o que significa tomar a própria cruz e seguir a Cristo. Significa ser como uma árvore, que se entrega ao tipo de vulnerabilidade que vem com a queda das folhas velhas e fica nua por um tempo, em preparação para uma nova vida. Nós nos tornamos testemunhas da Cruz, manifestamos a Cruz, assim como as árvores nuas durante o inverno, quando permanecemos firmes de pé, com fé, durante nossas perdas e rejeições.

Mas, às vezes, posso perder essa oportunidade de dar testemunho da Cruz vivificante. Eu “erro o alvo” de minhas perdas ou rejeições, quando respondo a elas não com fé no processo de crescimento de Deus para mim, mas caindo no ressentimento, no medo egocêntrico, no desânimo ou na complacência, etc. Hoje, gostaria de ser recordado de que, às vezes, precisamos nos despir por um tempo, ser deixados para trás por um tempo, com perseverança e fé, em Nosso Senhor que venceu a morte. Ele de fato “salva” nossa vida e nos ajuda a “encontrá-la”; a descobrir quem realmente somos, por meio da Via Crucis. Que eu abrace Tua Via esta manhã, Senhor, escolhendo a fé em vez do medo. E que eu faça a próxima coisa certa enquanto permaneço firme de pé, como uma árvore nua olhando para a nova vida que chega na primavera, em vez de olhar para trás, para as perdas ou rejeições que não posso mudar.

Feliz transição para o Jejum de Natividade que se inicia amanhã, queridos amigos que seguem o Calendário Juliano Revisado! E feliz quinta-feira para todos os demais!

Versão brasileira: João Antunes

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