“Este é o dia da vitória do SENHOR: cantemos e alegremo-nos nele!” (Salmo 118,24)
Esse dia é conhecido como “Sun-day” (dies solis), em inglês, de acordo com a Semana Planetária do antigo mundo pagão, que adorava o sol. Também é conhecido como “O Dia do Senhor” (ou Κυριακή de Kyrios em grego, e domenica, dimanche, duminică, domingo, etc., de Dominus) no mundo cristão, porque a principal coisa que os cristãos faziam nesse dia era celebrar a “Ceia do Senhor”. A Igreja, por fim, usou o simbolismo do culto ao Sol a seu favor, associando Cristo ao Sol, como “O Sol Verdadeiro” e “O Sol da Justiça”. Nossa observância do domingo tem origem, sem dúvida, em estreita ligação com a Pessoa de Jesus Cristo e, particularmente, com a “nova adoração” que Ele estabeleceu em Sua “nova aliança” (Mateus 26,28), com base em Sua obra salvífica.
Assim, desde os primeiros dias da Igreja, os cristãos se levantavam e se reuniam nesse dia específico da “nova criação” de Deus em Sua ressurreição de nosso Senhor do túmulo, para celebrar a Divina Liturgia. Na “antiga criação”, esse dia corresponde ao Dia Um, no qual Deus fez algo semelhante. Por meio de Sua Palavra, Deus chamou a luz para fora das trevas no primeiro dia, quando Seu Espírito estava “movendo-se” sobre nosso mundo material. Em nossa Eucaristia dominical, celebramos tanto a nova Luz que emergiu da escuridão do Túmulo quanto o Espírito Santo, que desce (ou “move-se”) sobre nós e nossos dons materiais de pão e vinho, elevando-nos para participar da nova Luz do Corpo de Cristo ressurreto. Enquanto o sábado do Antigo Testamento, que comemorava a primeira criação, era marcado com sacrifícios especiais no templo, nossa “nova adoração” em “Espírito e verdade” (João 4,23ss) é cumprida no Corpo de Cristo e por meio d’Ele. É n’Ele, e por meio d’Ele em nós, que habita a “Shekinah” (a glória de Deus), que antes habitava no templo.
Portanto, que eu me levante neste dia e vá adorar “em Espírito e verdade”, oferecendo-me Àquele que Se oferece a mim, como morada de Sua glória. “Este é o dia da vitória do SENHOR: cantemos e alegremo-nos nele!”.
Versão brasileira: João Antunes
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