“Ao entrar numa aldeia, dez homens leprosos vieram ao seu encontro; mantendo-se à distância, gritaram, dizendo: ‘Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!’. Ao vê-los, disse-lhes: ‘Ide e mostrai-vos aos sacerdotes’. Ora, enquanto iam a caminho, ficaram purificados. Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em voz alta; caiu aos pés de Jesus com a face em terra e agradeceu-lhe. Era um samaritano. Tomando a palavra, Jesus disse: ‘Não foram dez os que ficaram purificados? Onde estão os outros nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?’. E disse-lhe: ‘Levanta-te e vai. A tua fé te salvou’.” (Lucas 17,12-19)
De acordo com a Lei (Levítico 14,2ss), os leprosos, no dia em que ficassem curados, tinham que se apresentar ao sacerdote, que deveria examinar se eles realmente haviam sido curados; em seguida, deveriam ser oferecidas oblações para “purificá-los”, após o que eles poderiam voltar ao “acampamento”; e depois de vários outros ritos que duravam mais de uma semana, eles tinham permissão para voltar à sua “tenda” ou casa.
Nosso Senhor diz a dez leprosos ainda não curados: “Ide e mostrai-vos aos sacerdotes”. Todos eles foram curados no caminho, e a maioria deles fez o que lhes foi dito. Mas um deles, um samaritano, antes de se mostrar aos sacerdotes, como lhe foi dito, volta para agradecer ao seu Curador. Isso foi uma atitude normal de decência. Os outros nove foram e fizeram o que o Senhor lhes disse para fazer, mas todo esse processo teria demorado um bom tempo, considerando o fato de que eram nove. Você pode consultar Levítico 14 para ver o que quero dizer.
O que posso extrair dessa história dos dez leprosos, um dos quais, o herege samaritano, não fez o que lhe foi dito? Ouso pensar que ela está me recordando que minhas obrigações religiosas formais, como “ir e me mostrar aos sacerdotes”, sempre que vou à igreja, são menos urgentes do que oferecer agradecimentos sinceros a Deus de forma mais imediata, sempre e onde quer que eu seja curado e abençoado por Ele. Sou curado diariamente da “lepra” de vários medos egocêntricos, ressentimentos e outros tipos de armadilhas em que costumo cair quando me isolo de Deus e do próximo. Graças Te dou, Senhor, do fundo do meu coração, hoje posso seguir adiante e, sim, também “mostrar-me aos sacerdotes” e aos demais, porque a fé em Ti e em Teu amor restaurador por mim me capacita a fazer isso. Feliz segunda-feira, queridos amigos!
Versão brasileira: João Antunes
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