ESPERANÇA: UMA ESCOLHA OUSADA

Moisés, na verdade, foi fiel em toda a sua casa, como servo, para dar testemunho de tudo o que devia ser anunciado; Cristo, porém, o foi como Filho sobre a sua casa, que somos nós, se conservarmos a confiança (παρρησίαν) e a esperança de que nos gloriamos (καύχημα).” (Hebreus 3,5s)

Há muito a ser explorado aqui, mas vou dizer apenas isto: Somos a “casa” de Cristo, meus amigos, e Ele vive em nós, se ousarmos e até mesmo nos gloriarmos — eu diria, audaciosamente, nos apegarmos à esperança. Até o fim. Isso não significa ficar em negação quando sofremos fracassos, perdas ou outras experiências dolorosas, seja por culpa nossa ou de outra pessoa. A esperança é proativa: Quero dizer, ela exige empenho. E é uma escolha diária, baseada no tipo de “casa” que escolhemos ser.

Se eu tiver levado um chute no estômago por alguma experiência, que eu coloque minha dor onde ela pertence, nas mãos d’Aquele que pode lidar com ela, em minha casa. Posso ousar acolhê-l’O nesta época, Aquele que nasceu em uma gruta indecorosa, por mais indecorosa que seja a minha casa. Não preciso cair no auto-isolamento e na vitimização, quando posso ter um pouco de fé e até mesmo irradiar uma esperança audaciosa, ao convidá-l’O a entrar. Senhor, ilumina-nos com Tua esperança neste Jejum da Natividade; e vem e habita em nós, como ousamos esperar. Feliz quarta-feira, queridos amigos!

Versão brasileira: João Antunes

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