“Porquanto um menino nasceu para nós,
um filho nos foi dado;
tem a soberania sobre os seus ombros,
e o seu nome é:
Conselheiro-Admirável, Deus herói,
Pai-Eterno, Príncipe da paz.
Dilatará o seu domínio com uma paz sem limites,
sobre o trono de Davi e sobre o seu reino.
Ele o estabelecerá e o consolidará com o direito e com a justiça,
desde agora e para sempre.
Assim fará o amor ardente do SENHOR do universo.”
(Isaías 9,5s)
Onde está “a dilatação do seu domínio com uma paz sem limites”, conforme profetizado por Isaías? Isso está acontecendo em nós, quando nos aproximamos e recebemos Aquele que nasceu “para nós” e que permanece no meio de nós. Jesus Cristo Se oferece continuamente a nós, tanto como Filho quanto como Pai. Como Filho, Ele nasce “para nós”, como para a Mãe Igreja, na qual cada um de nós O recebe em nosso próprio “ventre” e depois O dá à luz, partilha-O, em nosso próprio lugar e tempo. Como Pai, Ele nos desafia com o poder ou “soberania” para nos tornarmos Seus filhos, como diz o evangelista João: “Mas, a quantos o receberam, aos que nele creem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, nem da vontade de um homem, mas sim de Deus” (João 1,12s) .
Tudo isso é um processo e uma grande aventura para toda a vida, todo o processo de nascer e dar à luz, como Deus nos capacita a fazer. Ele nos convida a participar dessa “dilatação do seu domínio com uma paz”, um projeto “sem limites” nem aqui nem no futuro. À medida que a grande festa da Natividade de Nosso Senhor se aproxima, eu me deixo conduzir a Belém, para não perder a maior aventura para a qual Deus me convida. Devo nascer de novo e dar à luz o Admirável. “Porquanto um Menino nasceu para nós, um Filho nos foi dado”.
Versão brasileira: João Antunes
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