O PERDÃO

Quando vos levantais para orar, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe primeiro, para que o vosso Pai que está no céu vos perdoe também as vossas ofensas. Porque, se não perdoardes, também o vosso Pai que está no Céu não perdoará as vossas ofensas.” (Marcos 11,25s)

É fácil interpretar mal a passagem citada acima, como se Deus recusasse Seu perdão a nós, a fim de nos punir por não perdoarmos. Mas Deus nunca pára de perdoar; Seu perdão está sempre fluindo abundantemente sobre nós, se pudermos imaginar o perdão como um tipo de energia ou graça divina. Nós é que bloqueamos o fluxo de Seu perdão/graça quando fechamos o coração para o perdão, quando não perdoamos a nós mesmos e ao próximo.

Isso é difícil de aceitar, porque costumamos não ousar amar a nós mesmos ou a Deus o suficiente. Mas quando deixo que o amor incondicional de Deus por nós penetre em mim, posso começar a perdoar a mim mesmo e ao próximo, e permanecer firme diante de nosso Pai amoroso e perdoador. Não preciso me esconder de Deus, como Adão e Eva fizeram nos arbustos, após a “queda”. Prefiro lançar-me ao encontro do Senhor, como Pedro fez depois de sua “queda”, quando o Senhor ressuscitado apareceu na margem do lago de Tiberíades (João 21). E a única coisa que Cristo perguntou a Pedro foi sobre o amor; Ele não exigiu um pedido de desculpas. Pedro é “restaurado” ao ser recordado do, e dignificado com, seu próprio amor pelo Senhor. E Cristo assegura a Pedro Seu amor inabalável por ele, confiando ao apóstolo “cuidar” e “alimentar” Suas “ovelhas”. Amemos a Deus, a nós mesmos e uns aos outros, como Ele nos ama, para que possamos cuidar de nós mesmos e uns dos outros, na luz e na leveza do perdão. Feliz sexta-feira, queridos amigos!

Versão brasileira: João Antunes

© 2024, Ir. Vassa Larin
www.coffeewithsistervassa.com