“Depois de partirem, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: ‘Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e fica lá até que eu te avise, pois Herodes procurará o menino para o matar’. E ele levantou-se de noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito, permanecendo ali até à morte de Herodes. Assim se cumpriu o que o Senhor anunciou pelo profeta: ‘Do Egito chamei o meu filho’.” (Mateus 2,13ss)
Ouvi a leitura dessa passagem ontem na igreja e fiquei meditando sobre o fato óbvio de que no Egito, Cristo, Sua Mãe e José foram refugiados. No Egito, de todos os lugares, onde os ancestrais dessa família haviam sido escravizados. Quando chegaram com o Menino no Egito, devem ter sido acolhidos e ajudados pela população do lugar, assim como qualquer um de nós precisa de ajuda em um país estrangeiro, especialmente se formos pobres como essa família era.
Portanto, quando, mais tarde, Nosso Senhor fala sobre o Juízo Final e descreve o que dirá aos “justos”, especificamente — “era peregrino e recolhestes-me” (Mateus 25,35) —, já havia pessoas que haviam feito exatamente isso, que nem mesmo eram cristãs. Na verdade, Ele continua descrevendo, nessa mesma passagem sobre o Juízo Final, como os “justos” responderão: “Senhor, quando foi que… te vimos peregrino e te recolhemos…?” (Mateus 25,37s). Eles não faziam ideia de que era o Senhor que estavam ajudando.
Hoje, que eu faça uma pausa e dê-lhe atenção quando ou se algum “desconhecido” cruzar o meu caminho e precisar da minha ajuda ou do meu acolhimento. Pode ser apenas alguém na estação de metrô, pedindo informações, ou alguém que entre na minha igreja pela primeira vez, ou qualquer outra pessoa. “Não vos esqueçais da hospitalidade, pois, graças a ela, alguns, sem o saberem, hospedaram anjos” (Hebreus 13,2).
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