DE QUEM É A AUTORIDADE/O PODER

Tenho refletido mais sobre toda a questão do “incrédulo” Tomé e como ele passou a crer em Cristo como (ambos) seu Rei e seu Deus. Foi difícil para Tomé porque, em termos políticos, os vilões, os politicamente poderosos, haviam vencido. Eles haviam cometido uma grave injustiça contra um homem inocente, Jesus, e saíram impunes. A isso, acrescente-se o fato de que Ele foi abandonado pela maioria de Seus próprios discípulos (inclusive Tomé), quando essa injustiça estava sendo cometida. Neste ano, a história toda fala mais ao meu coração do que o normal, pois observamos impotentes (ou preferimos não pensar) certas injustiças ocorrendo em nosso mundo, no qual vilões politicamente poderosos parecem estar se safando impunes de assassinatos em grande escala.

Voltando a Tomé, foi difícil para ele encarar e aceitar o Senhor ressuscitado, especialmente porque agora esse deve ser um Senhor ferido. Será que Ele ainda pode ser o Senhor, tendo sido ferido de forma tão grave e injusta como havia sido? É o encontro de Tomé com o Senhor ressuscitado e Suas feridas que o leva a professá-l’O como seu Rei e seu Deus.

Mas: E quanto à justiça? O poder divino e real de Cristo não precisava agora ser restaurado, para que os vilões fossem punidos? Sabemos que os apóstolos ainda se perguntavam, logo antes da Ascensão: “Senhor, é agora que vais restaurar o Reino de Israel?” (Atos 1,6). Sua resposta tem tudo a ver com o poder ou autoridade de Deus e com o tipo de poder que Ele nos concede. Esse é o meu ponto principal nesta reflexão, porque este ano ele me traz grande consolo: “Não vos compete saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou com a sua autoridade (en ti idia exousia). Mas ides receber uma força (dynamin), a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas (martyres)”.

Graças Te dou, Senhor, pois Teu é o reino, o poder e a glória. E Teu é o julgamento, nos tempos e nos momentos que não nos são dados saber. Que possamos nos abrir para o Seu Espírito, para que possamos ser Suas testemunhas nesse meio tempo.

Versão brasileira: João Antunes

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