“Ao entrar numa aldeia, vieram-lhe ao encontro dez leprosos, que pararam ao longe e elevaram a voz, clamando: ‘Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!’. Jesus viu-os e disse-lhes: ‘Ide, mostrai-vos ao sacerdote’. E, quando eles iam andando, ficaram curados. Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em alta voz. Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradecia. E era um samaritano. Jesus lhe disse: ‘Não ficaram curados todos os dez? Onde estão os outros nove? Não se achou senão este estrangeiro que voltasse para agradecer a Deus?!’. E acrescentou: ‘Levanta-te e vai, tua fé te salvou’.” (Lucas 17,12-19)
Hoje, quando muitos “estranhos” à fé cristã celebram o feriado norte-americano de Ação de Graças, estou refletindo sobre este “estrangeiro”, um samaritano, que deu graças ao Senhor, — e não (apenas) “mostrou-se ao sacerdote”. Como um “estranho” à fé Judaica ortodoxa da época, ele provavelmente não entendia a importância de “mostrar-se” ao(s) “sacerdote(s)” ortodoxo(s), de acordo com a Lei (Levítico 14,2-4), então ele simplesmente fez como sua consciência ditou, e voltou para agradecer Àquele que ajudou-o e curou-o.
Creio que o ponto principal desta história, transmitida a nós no Evangelho de Lucas, citado acima, fala-me para não esquecer a Fonte de toda Cura, o Senhor, sempre que eu experimentar Sua ajuda, dentro, ou fora (como fez o samaritano), de Sua Igreja. Que eu vá e proste-me diante d’Ele, e agradeça-Lhe, se fui curado ou ajudado de alguma forma, antes de eu agradecer a qualquer outra pessoa por isso. E que não eu não desrespeite, mas junte-me, a Ação de Graças dos “estranhos” à nossa fé, celebrada por muitos deles neste belo feriado norte-americano*.
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* N.T.: No Brasil, pela Lei nº 781, de 17 de agosto de 1949, o Dia Nacional de Ação de Graças é comemorado na quarta quinta-feira de novembro.
Versão brasileira: João Antunes
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