UM CONTÍNUO PENTECOSTES

Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as províncias superiores e chegou a Éfeso, onde achou alguns discípulos e indagou deles: ‘Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?’. Responderam-lhe: ‘Não, nem sequer ouvimos dizer que há um Espírito Santo!’. – ‘Então, em que batismo fostes batizados?’ – perguntou Paulo. Disseram: ‘No batismo de João’. Paulo então replicou: ‘João só dava um batismo de penitência, dizendo ao povo que cresse naquele que havia de vir depois dele, isto é, em Jesus’. Ouvindo isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus. E quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e falavam em línguas estranhas e profetizavam. Eram ao todo uns doze homens.” (Atos 19,1-7)

Este incidente em Éfeso parece ser outro Pentecostes: o Espírito Santo desce sobre alguns discípulos, “ao todo uns doze homens”, e eles falam em línguas estranhas e profetizam. Isso me recorda que a obra “apostólica” da Igreja é de fato “um contínuo Pentecostes” (para usar uma expressão do Santo e Grande Concílio reunido em Creta em junho de 2016), pelo qual o Espírito Santo continua a (re)apresentar-Se a nós, os discípulos de Jesus Cristo.

À medida que continuamos nossa jornada em direção à grande festa de Pentecostes, que eu faça uma pausa e “limpe a casa”. Que eu limpe quaisquer ressentimentos, medos ou outros “espíritos” do meu coração, se eles se rastejaram até lá com todas as suas bagagens. Esta manhã entrego-os a Deus e dou lugar ao Espírito Santo, em humildade, perdão e gratidão por tudo e por todos, inclusive por mim mesmo. “Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário” (Salmo 50/51,12).

Versão brasileira: João Antunes

© 2019, Sr. Vassa Larin
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