“Como podeis crer, vós que recebeis a glória (δόξαν) uns dos outros, e não buscais a glória (τὴν δόξαν) que é só de Deus?” (João 5,44)
Como Cristo diz a nós, (e não apenas aos “caras maus” nos Evangelhos, os líderes religiosos judeus, a quem Ele está falando aqui), não podemos “crer” se nosso foco está em receber uma “glória” duvidosa oriunda de outros seres meramente humanos, enquanto não buscamos “A” glória que vem de Deus. Por que não? Porque a “glória” humana não é o tipo de coisa na qual podemos realmente “crer”. Na verdade, é mais o tipo de coisa a qual podemos temer, por causa de seus imprevisíveis altos e baixos. E se cairmos na dependência da aprovação/desaprovação meramente humana, nos encontraremos, a longo prazo, vivendo mais ou menos em um estado de medo, que é o oposto da fé.
Em nossa Era da Internet, na qual estamos expostos às “curtidas”, “descurtidas” e comentários a cada notícia, e também sob nossos próprios posts pessoais nas mídias sociais, somos constantemente confrontados com essa espada de dois gumes da “glória” humana. E essa realidade pode facilmente nos levar a viver com medo, se “não buscamos a glória que é só de Deus”, mesmo enquanto atuamos e interagimos, como a maioria de nós deve fazer, on-line .
Mas como é que “procuramos” a glória de Deus? Primeiramente, dando glória a Ele, nas orações diárias da Tradição; dizendo, por exemplo, “santificado seja o Teu nome”, como fazemos no início da oração pela qual o Senhor nos ensinou a rezar. Ao “dar glória” a Deus, nós compartilhamos nela, porque Sua glória volta para nós, na comunhão que é realizada através da oração e outras ações sacramentais da Igreja. Então que eu volte a focar na glória de Deus hoje, conforme substituo o medo pela fé. Senhor, glória a Ti.
Versão brasileira: João Antunes
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