“Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes curados. A oração do justo tem grande eficácia. Elias era um homem pobre como nós e orou com fervor para que não chovesse sobre a terra, e por três anos e seis meses não choveu. Orou de novo, e o céu deu chuva, e a terra deu o seu fruto. Meus irmãos, se alguém fizer voltar ao bom caminho algum de vós que se afastou para longe da verdade, saiba: aquele que fizer um pecador retroceder do seu erro, salvará sua alma da morte e fará desaparecer uma multidão de pecados.” (Tiago 5,16-20)
Essa passagem explica não apenas o porquê devemos orar aos “santos” (canonizados), mas também o porquê devemos pedir uns aos outros por orações, e o porquê devemos, nós mesmos, orar pelos demais. O Profeta Elias, celebrado nesta sexta-feira de acordo com o Calendário Juliano Tradicional, é de fato um dos maiores santos da História da Salvação, mas ele era, no entanto, “um homem pobre como nós”. De vez em quando Elias demonstrava fraqueza e até mesmo orava para que ele pudesse morrer (1 Reis 19,4) — caso no qual Deus não “ouviu” sua oração de coração fraco. Mas Deus ouvia as orações “fervorosas” de Seu profeta.
Assim, pedimos pelas orações aos “santos”, não porque eles eram perfeitos, mas porque eram “santificados”, isto é, “dedicados” a Deus. É também por isso que pedimos pelas orações e oramos por outros fiéis em nossa comunidade eclesial, porque todos fomos santificados no Santo Batismo. A extensão da nossa ou da “santidade” deles não é algo que nos é dado a julgar ou avaliar. Mas mesmo aqueles de nós que estão bem conscientes de nossa própria falta no quesito da “santidade” (aham…) não precisam hesitar em orar fervorosamente pelos outros que precisam de orações, porque esse “trabalho de amor” pelos outros pode também “salvar” nossa própria “alma da morte” e “cobrir uma multidão de pecados” de nossa parte. Então, que nos amemos uns aos outros e oremos uns pelos outros, porque é bom para todos nós, para nós mesmos e para os demais! “Comemorando nossa Santíssima, Puríssima, Bendita e Gloriosa Senhora, Mãe de Deus e Sempre Virgem Maria e todos os santos, recomendemo-nos, nós mesmos, uns aos outros e toda nossa vida a Cristo nosso Deus!”
Versão brasileira: João Antunes
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